segunda-feira, 29 de dezembro de 2008


LINDO!!! Obrigada Ura

domingo, 28 de dezembro de 2008

Dezembro foi assim...


Escrita automática


Shiatsu








Egon Schiele






Luz

























quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O Grande Bruno Aleixo



ahahahahahahaha é demais....
Beijinhos
Gabas

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Dezembro



Vamos iniciar o mês de Dezembro do Workshop, e a calendarização base e sugestões é a seguinte:





Hoje, 12 Dezembro, 6ª feira





Felicidade prêt-à-porter – apresentação do work-in-progress no espaço alkantara






A 12 de Dezembro pelas 21h30, serão apresentados no espaço alkantara os resultados da residência artística da coreógrafa Karenina de Los Santos (Brasil), em colaboração com o artista plástico Pedro Faria (Portugal). "Felicidade Prêt-à-porter" é o título do trabalho, ainda em construção, que explora a relação entre vídeo e dança presencial. Depois de dois meses de pesquisa e colaboração, os dois artistas abrem as portas do seu espaço de trabalho, convidando o público a assistir ao momento em que se encontra o processo de criação.
A seguir à apresentação, irá ter lugar uma conversa entre os autores e o público, moderada por Paula Varanda.





A entrada é livre, mediante reserva (lotação limitada). Para reservas ou mais informações, contacte 21 315 22 67 ou alkantara@alkantara.pt










Apartir das 22h, o Mathieu convida-nos a dançar ao som do Concerto dos Groove Intercourse (http://www.myspace.com/grooveintercourse), desta vez será na Restart (zona do parque das nações).










Workshop "Residentes"





Dia 13





das 15h/17h Introdução à escrita automática. Texto de Peter Elbow "Freewriting".





Possivel método de selecção de material para compôr. Desbloqueio de movimento.





Dia 13





das 17h/18h Noções básicas de Shiatsu.





Convidada: Graça Reis, Bailarina/Terapeuta Shiatsu.










"O Shiatsu é uma terapêutica não-convencional no Ocidente, importada do Japão, onde teve a sua origem há milénios, mantendo-se hoje como um sistema tradicional de cuidados de saúde. Foi neste país que surgiu o Shiatsu cujo sistema e filosofia a enquadram como uma terapia holística para tratamento da mente, corpo e espírito. Está relacionado com uma antiga terapia de massagem oriental chamado Anma. Esta terapia implica friccionar e comprimir o corpo para tratar distúrbios comuns. Evoluiu a par da Acupunctura e da Fitoterapia Chinesa, mas acabou por se fixar mais no Japão, por volta do séc. XVI. No princípio deste século, os terapeutas de Anma começaram a recolher conhecimentos e técnicas da Osteopatia e Quiroprática e combinaram-nos com o sistema tradicional de tratamento do corpo, para desenvolver o Shiatsu. Foi no Japão, a partir do 2º decénio do Séc XX, que a arte mais se desenvolveu, atingindo um grau de excelência difícil de igualar por qualquer outro sistema de massagem, seja ele oriental ou ocidental. O Shiatsu, pelo profundo bem-estar do corpo e mente que proporciona e como valioso instrumento terapêutico na prevenção da doença ou como auxiliar no rápido restabelecimento da saúde, tem vindo a espalhar-se no Ocidente a partir da II Guerra Mundial, onde obteve o estatuto da mais eficaz massagem terapêutica e de relaxamento.O Shiatsu é uma palavra japonesa que significa "pressão dos dedos", actua ao nível do sistema energético do corpo. O terapeuta de Shiatsu aplica pressão em pontos dos meridianos para estimular o Ki, a palavra japonesa para Chi ou Energia vital. O tratamento envolve diferentes técnicas para aliviar a dor e libertar a energia bloqueada que provoca um problema particular. O Shiatsu alivia o stress, acalma o sistema nervoso e estimula o sistema circulatório e imunitário. Shiatsu e digitopressão são tratamentos semelhantes à Acupunctura, em que são estimulados pontos de pressão no corpo, mas em que se utilizam os dedos, as palmas das mãos, cotovelos, braços, joelhos e pés em vez de agulhas. Usam-se diferentes técnicas para aliviar a tensão, insónia, lombalgias ou dores nas articulações."










Sugestão:
A FABRICA Features Lisboa tem o prazer de o convidar
para a apresentação do Colors Notebook.
Sábado, 13 de Dezembro de 2008 às 18.00h
Segue-se cocktail
O projecto Colors Notebook foi criado pela Colors em 2006, resultando de uma parceria com os Repórtes sem Fronteiras, a organização mundial que luta pela liberdade de imprensa no mundo.
O Colors Notebook surge como um número "especial" da Colors, onde 50 páginas em branco se encontram prontas a serem preenchidas, sem perigo de qualquer posterior tipo de filtro ou censura.
A exposição e o livro de 2 volumes, Faces e Violence, editado pela Birkhäuser na primavera de 2008, são apenas uma pequena amostra — original e única — de todos os Colors Notebooks recebidos até então.

(Rua Garrett, 83 último piso Benetton)












22h00 Teatro Meridional


VLCD! Do lugar onde estou, já me fui embora.

















Workshop "Residentes"





Dia 14





das 15h/18h Continuação do trabalho de dia 13.





Troca/Partilha de livros e notebooks.










Sugestão:





das 11h/15h Pintura colectiva na Fábrica Braço de prata















Workshop "Residentes"





Dia 20





das 15h/18h Criação de pequenos solos.










Dia 21





das 15h/18h Noções básicas de Luz no espectáculo. Convidado: Paulo Rodrigues





Iluminar alguns solos como exemplo.(neste dia existe a possibilidade de irmos para um local técnicamente equipado e o horário poderá sofrer alterações)




Preços





Workshop "Residentes"





Para quem não pagou o Bloco I





58€ Mês





15€ sessão






Outras Sugestões a não perder:

Nov/Dez/Janeiro Arte Global

http://www.perve.org.pt/2EArteGlobal/2EAG_Calendario_public.pdf

Festival Número-Interface(s)
De 12 a 30 Dezembro













domingo, 30 de novembro de 2008

Aconteceu em Novembro




(Enviado pela Laura Almeida)














Corpo, Voz (Eu, a minha voz, a ressonância)




Notação Laban




(Partes do corpo, effort-shape, principais acções, direcções no espaço)
Papelinhos/Animais




Notebook




(camadas de registo, o que quero dizer, com que meios. O Saco, o caderno, o blog)




Primeira vez




(todos os dias, a magia da primeira vez)

Cozinhar (Ingredientes, ao lume, comer)


Escuta do espaço





(manhã no Principe Real, o que escuto, de que forma faço parte, de que forma interfiro, a composição do espaço sonoro)








Alguns textos (sem tradução), vídeos e links para pesquisar

































































A INTEGRAÇÃO CORPO-VOZ NA ARTE DO ATOR
A FUNÇÃO DA VOZ NA CENA, A PREPARAÇÃO VOCAL ORGÂNICA, O PROCESSO DE CRIAÇÃO VOCAL




"Este trabalho discorre sobre a corporeidade orgânica da voz na formação do ator, numa visão
panorâmica que envolve a fase da preparação, a fase da criação corpóreo-vocal cênica e a função
que a voz tem na cena. Na contemporaneidade, a relação corpo-voz recebeu diversos tratamentos no
meio teatral, segundo as acepções científicas vigentes. As mudanças foram desde um treinamento
mecanicista do ator até uma preparação vocal orgânica; desde um ator recitador do texto escrito até
um ator criador-dramaturgista; desde uma função da voz na cena como transmissora da mensagem
do texto escrito até uma função da voz como compositora da dramaturgia sonora. No que tange à
preparação do ator, o objetivo deste trabalho é verificar a integração orgânica entre a voz e a sua
natureza corpórea. Nesse particular, serão estudadas especificamente as relações da voz com a
respiração/ressonância vocal, com os apoios corpóreo-vocais e com as articulações do corpo como
um todo, dentro da cena e fora dela. A partir desses pressupostos, a técnica vocal passa a ser
compreendida como um veículo para a consciência corpórea, entendendo-se a relação corpo-voz
como uma totalidade que abrange seus aspectos físico-mental-emocional-energéticos. No que tange
à criação do intérprete, pesquisam-se também a composição das sonoridades das ações verbais e a
sua integração com a gestualidade do ator; a corporificação do texto do ator nas composições das
ações verbais da personagem, sendo o intérprete visto como criador-dramaturgista das ações
verbais, segundo seu imaginário e o do encenador. Quanto à função da corporificação da voz na
cena, esta pesquisa aponta para a função que — mais do que passar uma mensagem —, consiste em
criar a dramaturgia sonora que sensibilizará o espectador, instigando-o a desvendar os sentidos do
espetáculo também por meio da vocalidade poética."





















Dissertação apresentada ao curso de Mestrado em Teatro da
Universidade do Estado de Santa Catarina, como requisito parcial para
a obtenção do grau de Mestre em Teatro, sob a orientação do
Professor Dr. José Ronaldo Faleiro.





FLORIANÓPOLIS (SC)
ABRIL, 2004
JANAÍNA TRÄSEL MARTINS)











Use a voz para liberar as emoções e aguçar a intuição
Respirar, relaxar, escutar






Quem se propõe a emitir sons ritmados respira melhor. Em um estágio inicial, o hábito desbloqueia emoções que causam tensões no corpo, ativa a circulação do sangue e aumenta o pique. Enquanto isso, a mente se amplia, tornando-se menos suscetível a pensamentos fixos e idéias limitadoras. Em um nível mais profundo, conquistado com a prática, é possível usar a voz para que o corpo, a mente e o espírito permaneçam alinhados com as forças cósmicas. Quando praticantes de ioga entoam a sílaba OM, a intenção é uma só: afinar o som desse instrumento vital, o corpo, com o som primordial, que surgiu no momento da criação do Universo.
Os iniciados não têm dúvidas de que a espiritualidade e a voz são irmãs gêmeas: ambas impalpáveis, elas dependem da entrega ao momento presente. A voz manifesta a devoção e leva à transcendência. Cantando mantras, mesmo sem saber o significado da letra, ou canções bem simples, passando as escalas muito lentamente,o corpo reaprende a respirar, a relaxar e também a escutar. É tudo de que precisamos para estar bem”, diz a carioca Alba Lírio, professora de ioga da voz, método desenvolvido pela Vox Mundi Escola do Som e da Voz, da Califórnia, e que tem mais de 100 núcleos espalhados pelo mundo, incluindo o Brasil.
A arquiteta paulistana Mariana Chemin, 32 anos, não gostava da sua voz. Iniciante na ioga, resolveu fazer esse trabalho com Alba para entoar melhor os mantras, frases melódicas em sânscrito. “Repeti-los organiza os chacras, os sete centros de vitalidade do corpo. Isso aumentou a minha conexão com o presente e a força de expressão. Sinto que ganhei voz no mundo, garra para ir em direção ao que quero. Além do mais, os mantras celebram os deuses e a alegria. Essa energia fica em mim e no meu dia-a-dia”, diz.










Use a voz para liberar as emoções e aguçar a intuição










Para chegar mais perto de Deus, as rezadeiras nordestinas cantam o Bendito. Os sacerdotes católicos enchem as catedrais com o canto gregoriano. Os budistas da linhagem zen recitam versos em japonês. Os indianos entoam mantras. Os sufis repetem em bom som os 99 nomes de Deus. Os negros americanos arrasam na música gospel. Os xamãs africanos e indígenas, os tibetanos, os aborígenes australianos... Todos, seja qual for a religião, usam as cordas vocais para recriar a conexão com estados mais elevados de consciência. E assim afinam a sintonia com o que é primordial – para além do ego, do julgamento, da mágoa que tranca a garganta. “A voz é a forma mais natural de dominar a mente racional para chegar a um estado relaxado, onde a sensação de alegria e expansão é renovada”, define a psicóloga Sandra Sofiati, de São Paulo.
Sandra coordena o workshop "O Corpo Sonoro", com duração de sete semanas, em que grupos de iniciantes praticam vários exercícios que possibilitam descobrir a própria musicalidade. “Quando comecei o curso, tentava cantar e logo vinha a vontade de chorar. A voz saía no choro e percebi há quanto tempo eu não me permitia emitir um som que não fosse a fala. O processo ajudou a dissolver minha rigidez, a respirar melhor, a ficar mais serena e intuitiva”, conta Bettina Schmid, 43 anos, designer gráfica, de São Paulo. “Outra experiência incrível foi cantar músicas étnicas africanas, por exemplo, sem entender as letras. Isso tirava de cena o meu ‘cabeção’, a mania de entender e criticar tudo. Incorporei à rotina o hábito de cantarolar ou emitir outros sons enquanto faço movimentos e caretas – essa prática faz com que eu me sinta melhor e me deixa mais confiante em todas as situações”, diz.










Liliane Oraggio Ilustração Paula Jardin

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sugestões

LAOCOI de Luís Guerra
com Bruna Carvalho, Marta Cerqueira, Ricardo Vidal e Sofia Dias
mantas Tânia Carvalho
Dias 27, 28 e 29 de Novembro às 21h00
Estúdio da Bomba Suicida
Rua dos Caetanos, 26 - em frente ao Conservatório de Música - Bairro Alto
Entrada livre / Donativos


Teatro Meridional
VLCD! Do lugar onde estou já me fui embora
de 12 Novembro a 21 Dezembro
Preço: 10€
(descontos habituais)
Mais informações:
http://www.teatromeridional.net/

StoryCorps

StoryCorps is declaring November 28, 2008
the first annual National Day of Listening

This holiday season, ask the people around you about their lives — it could be your grandmother, a teacher, or someone from the neighborhood. By listening to their stories, you will be telling them that they matter and they won’t ever be forgotten. It may be the most meaningful time you spend this year.
http://www.nationaldayoflistening.org/

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Dois textos deste Mestre que tem a idade do meu pai...sobre a dança, sobre o diário gráfico, sobre o corpo, sobre a expressão, sobre o registo de SER




Lagoa Henriques. Portugal. 1923. Escultor. Poeta. Professor.




"A dança, como a poesia, é uma dádiva com dúvida!"

A dança é qualquer coisa que nasceu com o próprio Homem, e é uma expressão, simultaneamente, de liberdade e de alegria. É um reflexo, como diriam os nosso avós, "do que nos vai na alma". A comunicação começa e fundamenta-se entre o gesto e a palavra. Diz o povo que "o gesto é tudo" e pode-se, precisamente, num desencadear de gestos, no crescer de um ritmo de atitudes, construir uma mensagem relativamente às nossas inquietações, àquilo que nos ocupa e preocupa e, digamos até, a um universo total do mistério da existência. Ainda hoje costumo dizer ao meus alunos, precisamente, que o grande problema do Homem tem sido procurar decifrar o enigma do Universo e, no tempo presente, tentar encontrar o equilíbrio possível entre a técnica, a estética, a ética e a poética. Diria mesmo, que a dança é, realmente, a poética do gesto, a corporização que cresce nesse gesto, manifestando um discurso que oferece a quem a olha uma determinada mensagem, concreta. Eu acredito numa dança de improviso, embora o meu contacto inicial com a dança tivesse sido com o bailado clássico – "O Lago dos Cisnes". Este é um tipo de dança que eu admiro, porém, toca-me muito mais a dança moderna, porque possui outra criatividade e interioridade e é capaz de transmitir essas tais inquietações, essas dúvidas que antes mencionei. A dança, como a poesia, é uma dádiva com dúvida. Entendo perfeitamente que se pode até dançar embalado por uma música interior, a nossa própria música. Nós somos o reflexo de um mundo que nos envolve. No espaço sideral, há esse jogo das esferas – "o brilho das esferas" de que falava Antero de Quental – e é, realmente, nesse nosso planeta (na esfera terreste e na celeste), nesse universo infinito do indimensional e do inominado, que o Homem vai procurar encontrar sentidos múltiplos. É, pois, esse cruzamento de sentidos que se corporiza nas várias linguagens de expressão. A dança tem muito de desenho e se o grande Almada Negreiros afirma que "o desenho é o nosso entendimento a fixar o instante", a dança é também esse entendimento relacionando com um determinado referente. Aquilo a que os nossos antepassados chamavam o tema, o conteúdo, e hoje chamamos de significado. A dança contemporânea ultrapassa em criatividade os bailados clássicos, condicionados por uma determinada gramática, e tem a ver com esse universo de inquietações, em que existem uma filosofia e uma metafísica próprias, como existe uma poética. Quando falo dessa poética, estou a lembrar Platão e Aristóteles, a passagem do não-ser ao ser, qualquer coisa que se acrescenta ao que já existe. É aí que está o ponto alto da dança.


Intensidade artística
Os grandes bailarinos que eu vi ao vivo, aqui, foram o Jean Babilée, o Maurice Béjart e o Rudolfo Nureyev. Em Paris, assisti à estreia do bailado "Le Jeune Homme et la Mort", com argumento do Jean Cocteau, e Babilée no papel de jovem. Foi um verdadeiro espanto. Ele era uma figura notável, com quem eu tive o privilégio de falar um pouco, depois do espectáculo, porque eu já conhecia o Cocteau de uma exposição fantástica que ele fizera em Roma, na galeria do coleccionador Renato Atanasio. Nessa altura, tivemos oportunidade de trocar umas palavras. Ele nunca veio a Portugal mas coleccionava fotografias do nosso país, pois tinha a esperança de cá vir um dia. O Babilée era um artista excepcional, profundamente inteligente e com um grande respeito pelo seu próprio corpo, cultivando, portanto, uma disciplina rigorosa para estar sempre em forma. Voltei a vê-lo, noutras ocasiões. Foi sempre uma figura que me fascinou. Outra foi Isadora Duncan que, naturalmente, não conheci mas que, como se sabe, é a mulher que liberta a dança de um convencionalismo castrador. Também vi dançar Martha Graham, outra bailarina que muito admiro. Recordando Nijinsky, e o seu "Prelúdio à Sesta de um Fauno", vêm-me imediatamente à memória os baixos-relevos de Antoine Bourdelle, no Teatro dos Campos Elísios, em Paris, e também Joséphine Baker, uma excelente cantora e uma mulher que dançava primorosamente. Já a tinha visto no Olympia em "Paris, Mes Amours" – musical em que dançava um bailarino português muito interessante, chamado José Lobão – e depois vi o seu último espectáculo, "Joséphine", no Bobino, quando já tinha mais de 70 anos mas aparentava menos que 50, devido ao seu aprumo e intensidade artística. Sempre houve um apelo muito forte entre os artistas plásticos e o bailado. Temos, por exemplo, os desenhos de Isadora por Auguste Rodin e Bourdelle. Cito, mais uma vez, o Mestre Almada (um homem fascinante e multifacetado que, como se sabe até dançou "A Princesa dos Sapatos de Ferro") e que dizia: a arte é um meio, o homem a finalidade. Esta teoria/filosofia aplica-se, inclusivamente, a todo o tipo de espectáculo de comunicação. Quando, realmente, não é o Homem a finalidade, quando as formas expressivas e artísticas não são uma resposta às inquietações, às reflexões, à inteligência, e à sensibilidade humana, elas transformam-se em puros formalismos que não conduzem a nada e, por vezes, são altamente nocivos.


Exaltação do corpo
A dança é um desenho contínuo, um cruzamento de ritmos, uma acentuação de valores em que se vai do silêncio ao grito e que o primeiro é tão importante como o segundo. Isto é, o não-movimento é tão importante como o movimento. Esses movimentos exteriores são o resultado de movimentos interiores, pois tudo começa dentro de nós. Essa ânsia, esse desejo permanente, de decifrar o tal enigma do Universo é que vai criar todas as coreografias, todas as palavras, pois a dança já há muito que deixou de ser apenas movimento de corpo. O artista desenha porque não pode deixar de desenhar, o escritor escreve porque não pode deixar de escrever e o bailarino dança porque não pode deixar de dançar! Sou um apaixonado pelo movimento porque, em última análise, a dança é uma exaltação do corpo e que tem muito que ver com toda a história, com toda a aventura, da pintura e da escultura. Enquanto esta é o aprisionamento de uma atitude, a dança cria em permanência essa atitude. Com as novas tecnologias, designadamente o vídeo, a dança ganha uma intemporalidade que antes não tinha. O cinema e o vídeo dão-lhe uma eternidade que antes só era conseguida pelo registo fotográfico. Para termos uma noção real, honesta e honrada das Artes, temos que jogar sempre com uma dialéctica e um contraponto permanente entre o erudito e o popular. Estou a lembrar-me do folclore, não só em Portugal mas também noutros países, que é extraordinário, não só pela sua intensidade, mas pelo que transmite numa síntese de criatividade única e ausência do formalismo. Andamos numa permanente dança no "comércio" da vida - no "grande teatro do mundo", como diria Calderón de la Barca – e o que é importante é que os nossos gestos e atitudes funcionem com honestidade, sinceridade e interioridade. E, a finalizar, deixo um poema que tive o privilégio de inscrever no monumento funerário, que está no claustro dos Jerónimos, e que considero uma espécie de testamento artístico de Fernando Pessoa:





Conversa Gravada

Para falar do Diário Gráfico… não se devia falar, devia-se escrever. Empregar qualquer tipo de caligrafia. Mas vamos passar da palavra escrita, da palavra desenhada, à palavra oral. O Diário Gráfico é qualquer coisa que nós, na medida do possível, escrevemos todos os dias, sobre a realidade que nos cerca. É o risco inadiável em que o desenho é realmente prioritário, mas a palavra também aparece, porque tanto o desenho como a palavra escrita são caligrafias. O Diário Gráfico acontece, não deve ser uma obrigação, deve ser uma necessidade, deve ser qualquer coisa que faz parte da nossa própria existência. E acontece sempre, digamos, desde que o Homem existe. Quando se criam os primeiros passos de habitação, as grutas pré-históricas, nas suas paredes há desenhos, há sinais, há memórias, algumas feitas no próprio dia que aconteceram, uma caçada em que a luta não foi fácil, por exemplo. A presença de determinados acontecimentos registada da forma mais espontânea e com as técnicas mais elementares. É preciso dizer que a própria pintura pré-histórica é um Diário Gráfico. O suporte do desenho ou da pintura, de sinais, pois nessa altura ainda não se tinha inventado um alfabeto, nem tão pouco a imprensa, constituindo uma necessidade de registar, de “aprisionar”, aquilo que nos acontece e que nós consideramos mais importante e mais representativo. Já se sabe que sob o ponto de vista didáctico ou pedagógico, eu tive aquele privilégio de sugerir aos meus alunos de Desenho e aquela cadeira que eu criei depois da revolução dos cravos, do 25 de Abril – Comunicação Visual – aí sim, eu achei que era prioritário comunicar visualmente e fundamentalmente através da imagem o que cada um dos jovens achava que era mais importante, no decorrer da sua existência, no dia a dia. E assim aconteceram Diários Gráficos notáveis. Eu aconselhava que o Diário Gráfico devia ser registado num pequeno bloco, num pequeno caderno, que se pudesse trazer na algibeira para que num momento oportuno fosse possível registar através de desenho ou da escrita as tais memórias corporizadas. E assim acontece. Assim aconteceu. Tenho dois ou três Diários Gráficos de alguns alunos. Mas toda aquela geração que pela primeira vez esteve na Comunicação Visual respondeu a esta minha sugestão e realmente aconteceram coisas muito interessantes.
Falei na Pré-história mas posso lembrar-me que ainda quando eu era adolescente, falava-se muito nos Diários, mas de simples palavras. Diários mais ou menos secretos, e que tinham muito a ver com as aventuras ou desventuras sentimentais e inclusivamente com os acontecimentos múltiplos de que a vida é feita.
Tive um grande mestre de Diários Gráficos que foi um pintor-escultor e arquitecto. De manhã frequentava o seu atelier de pintura-escultura e à tarde ia para o atelier de arquitectura. Estou-me a referir ao homem notável, um dos grandes mestres da Arquitectura Moderna, o Le Corbusier. Nasce na Suiça, filho de um relojoeiro, apaixona-se pelo desenho, vai para Paris fazer um curso de Arquitectura, matricula-se, assiste às primeiras aulas e chega à conclusão que ali não ia aprender nada e resolve “dar a volta ao mundo”, e leva consigo os tais cadernos onde vai escrever o seu diário que tem o nome muito expressivo: “os Cadernos de Procura Paciente”. Se assistisse a esta conversa, Picasso diria: “Ó Corbusier, atenção, eu não procuro, encontro”. E o Diário Gráfico é realmente um encontro permanente. Eu citei aqui o Corbusier, mas muitos artistas, em várias épocas, em várias situações, mesmo o próprio Picasso tem Diários Gráficos notáveis e … muitos outros. É um fascínio. E é uma disciplina, porque qualquer manifestação, qualquer forma de expressão para atingir qualidade, exige um exercício disciplinado. Um grande violinista, um grande concertista, um pianista, tem que todos os dias tocar as escalas, tem que fazer uma série de exercícios. No caso das artes visuais é necessário que não esteja perfeitamente apto para representar não só a realidade exterior, mas também a realidade interior. Estou-me a lembrar dum Diário Gráfico, por exemplo, do Albert Durer, que tem mais diários escritos que desenhados. Estou a lembrar-me duma página fascinante que é a representação dum sonho. Ele acorda e escreve logo e aguarela esse sonho. É uma coisa deslumbrante. O Almada Negreiros nunca fez nenhum Diário Gráfico, no entanto, quando ele define o desenho como o nosso entendimento para fixar o instante, é o mesmo que o Diário Gráfico, que é também o fixar o instante. Porque nós estamos comandados por este correr por “este rio que corre” como diria a Marguerite Yourcenaur e os filósofos gregos pré-socráticos dizem “o Homem nunca se banha duas vezes na água do mesmo rio”, portanto a nossa consciência que estamos em permanente mutação, leva-nos a registar aquilo que é mais importante no nosso dia a dia. O que é importante no Diário Gráfico é que tem também um sentido criativo. Pela filosofia popular podemos dizer: “Quem conta um ponto acrescenta um ponto”, ou melhor como dizia o nosso António Aleixo: “A arte é um dom de quem cria, por isso não é artista aquele que só copia as coisas que tem à vista”. Portanto o Diário Gráfico acrescenta sempre alguma coisa aquilo que nós vemos, que é a nossa própria personalidade, a nossa própria experiência.
Com os alunos mostro-lhes vários exemplos, como o meu caderno que trago sempre comigo, e mostro-lhes com a maior simplicidade. Eles tanto podem desenhar este automóvel que está à nossa frente, como aqueles três caixotes do lixo, como podem fazer uma variante sobre aquele lettering ali, ou o grafitti, etc. O Diário gráfico é um registo do quotidiano que nós pretendemos tornar mais forte e que possam influenciar os outros. Devem “correr de mão em mão”. Deve ser um incentivo ao espírito de camaradagem e ao espírito de geração. Penso que isto também é fundamental e que se pode desenvolver através destes registos inadiáveis que se chamam Diários Gráficos.




sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sugestões Novembro

Festival Temps d´Images
29 Outubro a 17 Novembro
Vários locais


http://www.tempsdimages-portugal.com/








Integrado no Festival Temps d´Images


Tela de Ivo Serra

6 e 7 Novembro 21h30
Culturgest
http://bombasuicida.blogspot.com/











Integrado no Festival Temps d´Images

LIVELY DREAMS, de Lígia Teixeira e Ivan Franco

8 e 9 Novembro 19h

Sala de ensaio do C.C.B.





The Story of My Life de Mônica Coteriano e Pedro Gonçalves

De 13 a 16 de Novembro às 22h00

Estúdio Bomba Suicida (Rua dos Caetanos, 26 Bairro Alto)

Bilhetes: 5euros


DOCE de Sílvia Pinto Coelho




22 Novembro 19h

BoxNova

Centro Cultural de Belém



QUICK SILVER de Ko Murobushi

INTEGRADO NO CICLO MISHIMA, UM ESBOÇO DO NADA




28 e 29 Novembro 21h

Pequeno auditório C.C.B.









sexta-feira, 24 de outubro de 2008




INSCRIÇÕES ABERTAS

"Este workshop, com carácter experimental, é dividido em 3 blocos , cada um dedicado a uma área artística “residente” em mim, aquando da criação dum objecto. Contará também com a presença, em pelo menos uma das sessões, de profissionais dessas áreas, que investem também na pesquisa do corpo, e cujo cruzamento comigo, ecoa até hoje no meu processo criativo e pedagógico. Sempre que possível, e seja pertinente para o tema em pesquisa, existe também a hipótese de irmos a espectáculos, conferências, exposições, oficinas, concertos, ensaios abertos.
“Residentes”, são momento “tecidos” organicamente, que pretendem exaltar o corpo e a mente através de si, das artes, da sua relação com o outro, com o espaço, tempo e energia, e é costurado principalmente por alunos que de alguma forma partilharam comigo algum momento da sua vivência, experiência ou descoberta através do corpo e que admiro pela entrega incondicional e verdade com que o fazem.
O termo “Residentes”, surge por ser constituído pelas pessoas, os temas, as dúvidas, os desejos, as obsessões, os conceitos e as áreas de expressão artística que ecoam em mim e no meu trabalho, que me perturbam ou aconchegam. “Residentes” que pretendo tocar e exaltar, remexer e vomitar, porque me questionam e alteram. Porque me fazem sentir viva. Porque me fazem sentir morta. Porque fazem parte da minha dança e da minha vida. Rir e chorar. Tropeçar e levantar-me. Falar com o corpo. Viver com o outro. De coração nas mãos. "


Bloco I – Corpo/Voz/Luz
Ana Santos/Lúcia Lemos
/Paulo Rodrigues

Novembro 8, 9, 15 e 16*
Dezembro 13, 14, 20 e 21
das 15h às 18h
*começa na rua às 12h e prolonga-se em estúdio até 18h
Janeiro 10 e 11 das 13h/19h

Bloco II – Som/Teatro
Ana Santos/Carlos Zíngaro/a confirmar

Fevereiro 7, 8, 14 e 15
Março 7, 8, 14 e 15*
Abril 4, 5, 11 e 12
das 15h às 18 h
* começa na rua às 12h e prolonga-se em estúdio até 18h

Bloco III – Artes plásticas/Fotografia/Multimédia/Arquitectura
Ana Santos/Ana Telhado/a confirmar


Maio 2, 3, 9 e 10*
Junho 13, 14, 20 e 21
das 15h às 18h
* começa na rua às 12h e prolonga-se em estúdio até 18h

Junho/Julho
Residências
Apresentação Final Workshop “RESIDENTES”
Estreia Nova Criação de Ana Santos

Público alvo:
Maiores de 16 anos
com alguma consciência do corpo e interesse neste tipo de pesquisa
Preço
Bloco I
80€/Mês
220€/Bloco

Locais para o Bloco I:

ACCCA Estúdio Clara Andermatt
Edifício Interpress
Rua dos Caetanos, nº26
1º andar posterior
Bairro Alto
1200 Lisboa

Informações e inscrições
AS 918 453 163



quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sugestões

Outubro
Dias 22, 23 ou 24

21h Teatro Camões
CNB Come together

Direcção, Textos, Desenho de Luz
e Conceito Multimédia Rui Horta
Coreografia Rui Horta em colaboraçãocom os Bailarinos
Música Original Tiago Cerqueira
Excertos Originais
e Interpretação Mário Franco
Programação Multimédia Rui Madeira
Motion Graphics Guilherme Martins
Figurinos Natacha Fernandes
Apoio Dramatúrgico Catarina Campino
http://www.cnb.pt/gca/?id=80

Dia 25
11h/18h Escrita criativa

Derrotar a folha em branco
com Conceição Garcia
http://escreverescrever.com/verCurso.php?id_curso=49
19h Centro Cultural de Belém - Box Nova – INTER.FACES

http://www.ccb.pt/sites/ccb/pt-PT/Programacao/Danca/Pages/BoxNova3times.aspx
21h30 Feminine de Paulo Ribeiro
Teatro Municipal de Almada

http://www.ctalmada.pt/cgi-bin/wnp_db_dynamic_record.pl?dn=db_temporada&sn=temporada_08-09_sala_princ&orn=649

Dia 26
13h/17h Jardim do Museu do Traje - Lumiar
Colecta “Pedaços Residentes”

Dia 29
18h30 Visita guiada
Peter Zumthor visto por...Gonçalo Byrne
Lx Factory

http://www.experimentadesign.pt/2009/warm-up/pt/0201.html

Dia 31
21h30 Inferno
Companhia Olga Roriz
Teatro Camões

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

eu

www.anasantosnovo.blogspot.com......não está lá que...nasci dia 12 maio de 1973, às 8h55. Que de 1976/79, fiz ballet no Colégio mas não gostei, era muito parado e a minha mãe inscreveu-me na dança jazz do SLB. Fiquei lá até 1990, nos “Corações” e depois nas “Águias”, as classes representativas. Era a minha 2ª casa. A 1ª era a casa de férias na Lagoa de Stº André...Todos os meses tinha Saraus pelo país todo, Alemanha, Canárias...lembro-me de passar horas no 3º anel a sentir o vento e a ouvir as portas dos camarotes a bater...não, não ligo nada a futebol. Quando estava em casa dos meus pais, passava o tempo todo à janela a ver os meninos brincar na rua ou a vender os meus brinquedos aos meus pais. Lembro-me de levar a aparelhagem para a igreja para ensaiar coreografias e ficar de castigo. Lembro-me de acordar a meio da noite para fazer bolos. Lembro-me do cheiro da resina dos pinheiros e da terra com chuva na Lagoa. Lembro-me que chumbei no 9º ano, saí do Colégio, obrigaram-me a sair do Benfica, e fui trabalhar para a Ana Salazar, para pagar o Livre trânsito na antiga Escola de Dança Rui Horta (91/94). Lembro-me de ter andado em desporto no D. Pedro V, e o primeiro 19 da minha vida ser a matemática....Lembro-me que fui às escondidas fazer a audição para a Escola Profissional Balleteatro no Porto e fiquei lá (94/97). Lembro-me de trabalhava à noite na discoteca Extravaganza e no bar Mercado para pagar a casa...lembro-me da primeira peça que fiz lá, com a São Castro, ser com uma música do Pat Metheney...lembro-me do segundo 19 da minha vida, ser em análise e notação de movimento com a Né Barros, lembro-me da minha PAP ser uma reposição de um excerto de “Achterland” de Anne Therese de Keersmaeker...Lembro-me que quando voltei para Lisboa, a minha mãe tinha um ginásio. Pausa...Lembro-me que fui voluntária no Estabelecimento Prisional de Lisboa, onde partilhei expressão corporal, emoção, jogos de futebol, carpintaria, barro, festivais de música e Vida, com os utentes da Ala G- Recuperação de toxicodependentes...lembro-me que construíram uma gaiola enorme no jardim, e chamaram Ana ao primeiro passarinho que lá meteram. Lembro-me que quando lá voltei o tinham solto...perguntei porquê, responderam que não queriam prender quem os fazia sentir livres...e passei pela Escola Superior de Dança de Lisboa (98/02)...lembro-me do sótão e da fonte da garagem, lembro-me do Fontys e do trabalho de site-specific com Durk Dumon, lembro-me da audição da Olga Roriz: “...uma menina-mulher com o bilhete só de ida...” e do Francisco Pedro com o “Isso não existe!” quando apresentei “Automatismo psíquico abstracto no acaso do espaço”...lembro-me da Nina Wallon deixar todas as manhãs uma maça na secretária da Drª Manuela Valadas, lembro-me do Sr. Mourato (o Sr. Das fotocopias) e da pintura que me ofereceu, lembro-me do terceiro 19 da minha vida, ser num trabalho de música sobre Arvo Part, com a Professora Isabel Duarte. Lembro-me do espectáculo “Alzen” para o Chapitô...Pausa...
Fui atropelada, pelo que considero o meu período de formação “RESIDENTE”, através dos Cursos de Pesquisa e Criação Coreográfica do Fórum Dança, e pela Zona Z de formação intensiva do C.E.M. É destes 3 anos que vem o som que ecoa na minha pesquisa, na minha forma de estar e pensar artística e pedagogicamente. Momentos que me revelam o momento, a cada momento, como o momento. Tudo o que fiz a partir daí tem o seu sabor, mais ou menos apurado...pausa...Lembro-me de nos anos a seguir, me focar na interpretação, através do Lisboa Ballet Contemporâneo...lembro-me do Benvindo e dos seus anéis...lembro-me da voz rouca da paulinha...lembro-me de fazer o meu vestido de noiva e do Nuno Gomes me levar a cauda pelo Parque Eduardo VII...lembro-me no último espectáculo na companhia, no Eunice Munôz, de sentir um bebé a dançar dentro de mim...pausa.
À duas semanas tive uma dor de dentes desgraçada e não consegui dormir nada...Depois começo a receber e-mails dos antigos alunos a perguntar quando volto a dar aulas. Depois começo a pensar no conceito “Residentes”. Depois acho que é altura de costurar as feridas abertas, que me fazem crescer...Depois tenho um abcesso. Depois estou fechada em casa a pensar e a escrever sobre “Residentes”, uma proposta de workshop dirigida principalmente a antigos alunos, que acompanha uma nova criação. Depois partilho a ideia e as reacções são fabulosas. Depois vou ao dentista e vou ter de fazer uma cirurgia. Depois é hoje e preciso de apoios. “