domingo, 30 de novembro de 2008

Aconteceu em Novembro




(Enviado pela Laura Almeida)














Corpo, Voz (Eu, a minha voz, a ressonância)




Notação Laban




(Partes do corpo, effort-shape, principais acções, direcções no espaço)
Papelinhos/Animais




Notebook




(camadas de registo, o que quero dizer, com que meios. O Saco, o caderno, o blog)




Primeira vez




(todos os dias, a magia da primeira vez)

Cozinhar (Ingredientes, ao lume, comer)


Escuta do espaço





(manhã no Principe Real, o que escuto, de que forma faço parte, de que forma interfiro, a composição do espaço sonoro)








Alguns textos (sem tradução), vídeos e links para pesquisar

































































A INTEGRAÇÃO CORPO-VOZ NA ARTE DO ATOR
A FUNÇÃO DA VOZ NA CENA, A PREPARAÇÃO VOCAL ORGÂNICA, O PROCESSO DE CRIAÇÃO VOCAL




"Este trabalho discorre sobre a corporeidade orgânica da voz na formação do ator, numa visão
panorâmica que envolve a fase da preparação, a fase da criação corpóreo-vocal cênica e a função
que a voz tem na cena. Na contemporaneidade, a relação corpo-voz recebeu diversos tratamentos no
meio teatral, segundo as acepções científicas vigentes. As mudanças foram desde um treinamento
mecanicista do ator até uma preparação vocal orgânica; desde um ator recitador do texto escrito até
um ator criador-dramaturgista; desde uma função da voz na cena como transmissora da mensagem
do texto escrito até uma função da voz como compositora da dramaturgia sonora. No que tange à
preparação do ator, o objetivo deste trabalho é verificar a integração orgânica entre a voz e a sua
natureza corpórea. Nesse particular, serão estudadas especificamente as relações da voz com a
respiração/ressonância vocal, com os apoios corpóreo-vocais e com as articulações do corpo como
um todo, dentro da cena e fora dela. A partir desses pressupostos, a técnica vocal passa a ser
compreendida como um veículo para a consciência corpórea, entendendo-se a relação corpo-voz
como uma totalidade que abrange seus aspectos físico-mental-emocional-energéticos. No que tange
à criação do intérprete, pesquisam-se também a composição das sonoridades das ações verbais e a
sua integração com a gestualidade do ator; a corporificação do texto do ator nas composições das
ações verbais da personagem, sendo o intérprete visto como criador-dramaturgista das ações
verbais, segundo seu imaginário e o do encenador. Quanto à função da corporificação da voz na
cena, esta pesquisa aponta para a função que — mais do que passar uma mensagem —, consiste em
criar a dramaturgia sonora que sensibilizará o espectador, instigando-o a desvendar os sentidos do
espetáculo também por meio da vocalidade poética."





















Dissertação apresentada ao curso de Mestrado em Teatro da
Universidade do Estado de Santa Catarina, como requisito parcial para
a obtenção do grau de Mestre em Teatro, sob a orientação do
Professor Dr. José Ronaldo Faleiro.





FLORIANÓPOLIS (SC)
ABRIL, 2004
JANAÍNA TRÄSEL MARTINS)











Use a voz para liberar as emoções e aguçar a intuição
Respirar, relaxar, escutar






Quem se propõe a emitir sons ritmados respira melhor. Em um estágio inicial, o hábito desbloqueia emoções que causam tensões no corpo, ativa a circulação do sangue e aumenta o pique. Enquanto isso, a mente se amplia, tornando-se menos suscetível a pensamentos fixos e idéias limitadoras. Em um nível mais profundo, conquistado com a prática, é possível usar a voz para que o corpo, a mente e o espírito permaneçam alinhados com as forças cósmicas. Quando praticantes de ioga entoam a sílaba OM, a intenção é uma só: afinar o som desse instrumento vital, o corpo, com o som primordial, que surgiu no momento da criação do Universo.
Os iniciados não têm dúvidas de que a espiritualidade e a voz são irmãs gêmeas: ambas impalpáveis, elas dependem da entrega ao momento presente. A voz manifesta a devoção e leva à transcendência. Cantando mantras, mesmo sem saber o significado da letra, ou canções bem simples, passando as escalas muito lentamente,o corpo reaprende a respirar, a relaxar e também a escutar. É tudo de que precisamos para estar bem”, diz a carioca Alba Lírio, professora de ioga da voz, método desenvolvido pela Vox Mundi Escola do Som e da Voz, da Califórnia, e que tem mais de 100 núcleos espalhados pelo mundo, incluindo o Brasil.
A arquiteta paulistana Mariana Chemin, 32 anos, não gostava da sua voz. Iniciante na ioga, resolveu fazer esse trabalho com Alba para entoar melhor os mantras, frases melódicas em sânscrito. “Repeti-los organiza os chacras, os sete centros de vitalidade do corpo. Isso aumentou a minha conexão com o presente e a força de expressão. Sinto que ganhei voz no mundo, garra para ir em direção ao que quero. Além do mais, os mantras celebram os deuses e a alegria. Essa energia fica em mim e no meu dia-a-dia”, diz.










Use a voz para liberar as emoções e aguçar a intuição










Para chegar mais perto de Deus, as rezadeiras nordestinas cantam o Bendito. Os sacerdotes católicos enchem as catedrais com o canto gregoriano. Os budistas da linhagem zen recitam versos em japonês. Os indianos entoam mantras. Os sufis repetem em bom som os 99 nomes de Deus. Os negros americanos arrasam na música gospel. Os xamãs africanos e indígenas, os tibetanos, os aborígenes australianos... Todos, seja qual for a religião, usam as cordas vocais para recriar a conexão com estados mais elevados de consciência. E assim afinam a sintonia com o que é primordial – para além do ego, do julgamento, da mágoa que tranca a garganta. “A voz é a forma mais natural de dominar a mente racional para chegar a um estado relaxado, onde a sensação de alegria e expansão é renovada”, define a psicóloga Sandra Sofiati, de São Paulo.
Sandra coordena o workshop "O Corpo Sonoro", com duração de sete semanas, em que grupos de iniciantes praticam vários exercícios que possibilitam descobrir a própria musicalidade. “Quando comecei o curso, tentava cantar e logo vinha a vontade de chorar. A voz saía no choro e percebi há quanto tempo eu não me permitia emitir um som que não fosse a fala. O processo ajudou a dissolver minha rigidez, a respirar melhor, a ficar mais serena e intuitiva”, conta Bettina Schmid, 43 anos, designer gráfica, de São Paulo. “Outra experiência incrível foi cantar músicas étnicas africanas, por exemplo, sem entender as letras. Isso tirava de cena o meu ‘cabeção’, a mania de entender e criticar tudo. Incorporei à rotina o hábito de cantarolar ou emitir outros sons enquanto faço movimentos e caretas – essa prática faz com que eu me sinta melhor e me deixa mais confiante em todas as situações”, diz.










Liliane Oraggio Ilustração Paula Jardin

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